Segunda-feira, 2 de Julho de 2007
Eu é que sou o velhinho.
Tenho lido vários posts e vários comentários sobre os mais variados temas e vou só fazer este comentário .
E eu é que sou o "Velhinhopregasecas não é"?
Vós que sois letrados/as que sois educados/as que sois as mais variadas coisas,sim porque há o ser o haver o ter e o existir.
E depois há os amigos e amigas,os colegas e as colegas aqueles que se fazem e os que não fazem nada, assim como os descolegas de trabalho, esses são os que nunca pegam a horas mas despegam sempre mais cedo excepto quando existe a presença do BOSS por perto
Sim, porque também
há o fazer, mas isso como se costuma dizer,fica para amanhã porque se não se fizer hoje amanhã virá alguém e o fará,(como diz o ditado)guarda para amanhã o que podes fazer hoje porque amanhã pode não ser preciso.Quero dizer com isto que as responsabilidades que deveriam fazer parte da postura desta sociedade que se diz de muito mais avançada
Senão vejamos.
Á uns dias a esta parte, uma pessoa minha amiga pediu-me se poderia ir com ela a uma consulta de pneumonologia argumentando que sabia onde era a cidade a que se deveria deslocar mas que lhe fazia uma certa confusão conduzir o seu jipe dentro da dita cidade dado que nunca lá tinha ido,ao que prontamente assedi ou não fosse essa pessoa minha amiga, não fossem os amigos precisos em todas as ocasiões ,principalmente nas mais difíceis.
Espanto o nosso, ao chegarmos à recepção é informada essa pessoa amiga de que os exames a que se teria de se submeter tinham sido adiados para oito dias depois ou seja, para o dia 4 de julho.
Uma consulta que já tinha sido marcada à quase um mêsKilómetros percorridos dois dias perdidos combustível queimado,e a responsabilidade não é de ninguém,sendo o argumento da funcionária de que os aparelhos se teriam avariado e não chegavam para todos os doentes que necessitavam de fazer aquele tratamento. Por amor de Deus,não me venham com coisas tão baixas,é que isto é gozar com a boa vontade duns cidadãos que tendo como todo o ser humano os seus defeitos mas que se pautam ainda nestes dias que correm,de abarcar com os seus deveres e obrigações mais elementares,como diria o sr. do filme,"elementar meu caro Watson".
Hoje há telefones tele-móveis internet e como se não bastasse ainda há os CTT.
Vejam só a força que eu estava a fazer para me conter para não meter a foice em ceara alheia,depois do meu ataque do miocárdio o esforço para não me enervar não me streçar,diz a senhora pois é tem que cá voltar noutro dia.
Com a minha calma que me é caraqueterística interrógo.Então e porque não foi esta minha amiga avisada telefónicamente ou por correio de que essa consulta tinha passado pra esse dia? É que nós não viemos a pé somos de longe!
Nem sequer tinha acabado de expor a minha questão educada-mente , e já a senhora com aquele ar de quem quero posso e mando me pergunta o que é que estou ali a fazer?
Resposta pronta e sem o mínimo de consideração pelos utentes que têm que recorrer aos serviços para os quais são encaminhados pelos mais diversos especialistas e sendo nós utentes o garante daquelas portas se encontrarem abertas ao público.
Deu-me a befa,é que também sei ser mal educado quando é estritamente necessário,e quando, como dizem os Brasileiros, "pisam no meu pé".
E eu é que sou velhinho não é .Velhos são os trapos .
Agora terei que lá voltar no tal dia quatro de Julho quarta feira e vou ter que pedir desculpa à senhora e tal e ela como de costume aceita ,mas no seu sub-consciente está-se marimbando para o cidadão,porque pra ela só existe uma coisa chegar atrasada ao serviço ,pedir á colega que se chegar atrasada lhe marque o ponto por ela ,cinco minutos antes de terminar o serviço desligar o computador pois não vai fazer mais nada, esperar que o mês passe e comentar no café da esquina que o patrão é um fuínha que nunca mais lhe aumenta o vencimento mas que gostava de ir pá cama com ele só para por os palitos á patrõa, e depois eu é que sou velhinho.Já agora,qualquer dia conto-lhe a história do porquê velhino
sinto-me: Sem almoço, qual sem abrigo
música: Depois de Alcácer Kibir "Zé Cid"